Aldeia de Escaroupim:
Numa manhã de domingo fui até ao ribatejo, o céu ameaçava chuva mas o que tive por companhia foi um denso nevoeiro.
Assim que se "apanha" a chamada reta do Porto Alto começa-se a ver e a sentir a lezíria ribatejana, as enormes planícies verdes, o gado a pastar, as imensas aves que por ali habitam e fazem destas terras o seu habitat naturar. Estamos apenas a 30 kms de Lisboa e a paisagem é tão diferente da que temos na capital, sigo em direção a Salvaterra de Magos, junto à Falcoaria Real atravesso a Vala Real e começo a circular por um dique que me vai levar até à Aldeia de Escaropim. Água é o que não falta por aqui, e há mais pequena distração caímos nela ou num pântano , o dique é realmente muito estreito, ao ponto de dois carros ligeiros terem dificuldade em passar um pelo outro. E no fim do dique, finalmente entramos na Aldeia de Escaropim, as suas ruas estreitas algumas em calçada e o Tejo sempre como presença.
Escaroupim é uma típica aldeia piscatória, formada em meados dos anos 30 por pescadores oriundos da Praia da Vieira (Marinha Grande), que sazonalmente vinham ao Tejo fazer as campanhas de pesca de inverno, sobretudo o sável, procurando no Tejo o sustento das suas numerosas famílias, num Tejo rico em pescado, regressando à Praia da Vieira no Verão. Muitos destes pescadores foram ficando pelas margens do Tejo, deixando de ir à sua Praia da Vieira, e assim formaram pequenas povoações piscatórias aos longo do rio. Nestas povoações as habitações são feitas em madeira, pintadas de cores vivas e assentes em estacaria, de modo a estarem protegidas das frequentes cheias do rio.
Assim que se "apanha" a chamada reta do Porto Alto começa-se a ver e a sentir a lezíria ribatejana, as enormes planícies verdes, o gado a pastar, as imensas aves que por ali habitam e fazem destas terras o seu habitat naturar. Estamos apenas a 30 kms de Lisboa e a paisagem é tão diferente da que temos na capital, sigo em direção a Salvaterra de Magos, junto à Falcoaria Real atravesso a Vala Real e começo a circular por um dique que me vai levar até à Aldeia de Escaropim. Água é o que não falta por aqui, e há mais pequena distração caímos nela ou num pântano , o dique é realmente muito estreito, ao ponto de dois carros ligeiros terem dificuldade em passar um pelo outro. E no fim do dique, finalmente entramos na Aldeia de Escaropim, as suas ruas estreitas algumas em calçada e o Tejo sempre como presença.
A peculiaridade das suas casas é extensiva aos seus barcos de pesca, também em madeira e pintados de cores vivas. A Câmara Municipal criou um museu - Casa Típica Avieira - cuja origem resulta das recolhas efectuadas pela autarquia junto da população local, com o intuito de preservar a memória colectiva destes pescadores que um dia deixaram Vieira de Leira e se fixaram nas margens do Rio Tejo. Alves Redol definiu estes grupo de pescadores como "nómadas do rio", pois eles representam uma das mais interessantes migrações que Portugal assistiu, durante os meses do Inverno famílias de pescadores, deslocavam-se de Vieira de Leira para o Rio Tejo, para pescar o sável, no princípio do verão voltavam novamente à sua terra natal, para pescar no mar.
A Casa Típica Aviera é de pequenas dimensões, pintada com cores vivas, assente em pilares devido às cheias do Tejo, o acesso é feito por umas escadas, no interior destacam-se três espaços: a cozinha onde o elemento que mais se destaca é a lareira ladeada por tijolos e cheia com terra batida, a mesa das refeições e várias prateleiras completam esta divisão, a sala é a outra divisão onde estão dois baús para guardar roupa, neste espaço dois manequins envergam os trajes típicos dos avieiros, a última divisão são os dois quartos de pequenas dimensões com camas em ferro, por cima dos quartos uma última divisão que serve de sótão para guardarem os materiais relacionados com a pesca.