Croácia 2016 (Split-Dubrovnik-Neum)

Dia 10

Split - Dubrovnik


E lá deixámos Split para trás e seguimos em direção a Dubrovnik, 230 kms era a distância que nos separava da cidade que tinhamos mais expetativa em visitar, o dia estava bom, uma temperatura agradável para se viajar de mota e mais uma vez os últimos 100 kms, aproximadamente, seriam feitos junto ao Adriático, com paisagens de cortar a respiração e o azul quase transparente do mar a nos deixar de boca aberta, fizemos algumas paragens para tirar uma ou outra fotografia, o momento e a paisagem e tudo que nos rodeava era digno de ficar registado.




Para se chegar à região de Dubrovnik, estando nós no ponto que estivermos da Croácia temos que atravessar a Bósnia e Herzegovina durante 21 kms, esta distância é o comprimento da linha de costa que a Bósnia tem, um pouco de terra que corta a Croácia e separa a região da Dalmacia das restantes regiões, ficando ali isolada entre a Bósnia e Monte Negro.

E lá atravessámos a fronteira duas vezes, num espaço de 15 minutos ahahahahaha



Continuámos em direção a Dubrovnik, durante a viagem a Ana reservou um quarto para os quatro e segundo as indicações ficava dentro da muralha. Tomámos logo a direção do quarto para ficarmos com a tarde toda livre e para almoçarmos que entretanto tinha chegado a hora de almoço. Dentro da muralha não é permitido circularem veículos, só nos restava arranjar um lugar para o carro do Paulo, pois eu já tinha encontrado um lugar para a mota junto à entrada principal e à sombra. Enquanto andávamos às voltas para estacionar o carro, a Ana foi ver onde era o quarto e quando nos encontrámos só dizia -"isto é só escadas mas muito giro !" Lá se conseguiu um lugar a pagar, e bem, e fomos levar as coisas ao quarto, e finalmente entrámos todos na grande muralha. Dubrovnik, é uma cidade costeira da Croácia localizada no extremo sul da Dalmácia, na ponta do istmo do mesmo nome. É um dos destinos turísticos mais concorridos do mar Adriático, um porto marítimo e a cidade mais importante do condado de Dubrovnik-Neretva. Em 2001 a população do município era de 43 770 habitantes, dos quais 30 436 na cidade, a maior parte deles de origem croata (88,39%), havendo ainda 3.26% de origem sérvia e 3.17% de bósnios. Pela sua beleza natural e urbanística, e pelo que representa para a história,
Dubrovnik é conhecida como "a pérola do Adriático" e a "Atenas eslava", devido aos seus antigos habitantes a distinguirem como única numa região onde imperava a barbárie e por nela terem proliferado grandes figuras das humanidades e das artes. Capital do condado de Dubrovnik-Neretva, Dubrovnik é uma cidade rodeada de muralhas e fortificações, no sopé do monte de São Sérgio, que cai a pique sobre as águas do Mediterrâneo. Desde 1979 que o recinto muralhado está classificado como Património Mundial pela UNESCO. As imponentes e bem conservadas muralhas, a arquitetura medieval, renascentista e barroca, a paisagem do Adriático, os cafés e restaurantes fazem de Dubrovnik um destino turístico único. A parte antiga é dividida ao meio pela Placa ou Stradun, o passeio público, com cafés e restaurantes, além de diversos monumentos e edifícios históricos.

A prosperidade da cidade sempre foi baseada no comércio marítimo. Na IdadeMédia foi a capital da República de Ragusa, a única cidade-estado no Adriático oriental a rivalizar com Veneza, atingindo o seu apogeu nos séculos XV e XVI. Em 1991 foi cercada por e bombardeada por forças militares da Sérvia e Montenegro na sequência da fragmentação da Jugoslávia, o que provocou grandes estragos. Mal chegados reparámos logo que estávamos diante de um tesouro, Dubrovnik é apaixonante, as suas ruas parecem labirintos medievais e aqui e ali ainda se consegue ver danos provocados pelo cerco e pelos bombardeamentos que Dubrovnik foi alvo durante a guerra.






Ficámos num quarto / apartamento dentro da muralha, um prédio antigo de uma
senhora muito simpática. A rua era estreita os degraus eram muitos e o prédio
antigo, a entrada, algo desarrumada mas subimos ao terceiro piso e lá estavam
os nossos quartos com uma casa de banho que para se tomar banho ficávamos entre a sanita e o pequeno lavatório e o ralo no meio da casa de banho ahahahaha.
Tudo algo irreal mas até bastante divertido.

A vista do nosso quarto

A "nossa" rua 

Material todo descarregado era hora de comermos qualquer coisa, fomos à descoberta. Conseguimos chegar a um dos pontos mais altos e onde se tem uma vista total sobre a cidade de Dubrovnik, o ponto onde o teleférico chega desde a entrada da muralha até ao alto de um monte bem sobre a cidade e o Adrático, aproveitámos a bela imagem de tudo que estava à nossa volta e ficámos mesmo ali a almoçar num restaurante com uma vista do outro mundo. 









E ali passámos uns bons momentos e a tarde voou e era hora de começarmos a descer até à cidade e explorar um pouco mais do seu interior e o tudo o que roeia Dubrovnik. A Ana e a Paula fizeram a viagem de regresso no teleférico eu e o Paulo fomos de carro e com a missão quase impossível de encontrar um lugar para o carro. Muitas voltas demos à zona próxima da muralha e lá conseguimos um lugar para se estacionar o carro,  num local não muito longe e sem tarifa a pagar. Todos juntos de novo fomos ver como eram as praias junto a Dubrovnik, pouco diferentes das nossas pois areia não existe, só rochas mas aquele mar faz-nos esquecer a falta de areia e convida a mergulhar por ele a dentro.



E lá voltámos para dentro da muralha e fomos visitar a Igreja de São Brás, (em croata: Sveti Vlaho), é igreja mais visitada da cidade em honra do padroeiro de Dubrovnik, a obra é do arquiteto veneziano M. Gropeli, erigida no século XVIII no estilo barroco. A cidade comemora o dia de São Brás em 3 de fevereiro quando o povo abençoa a garganta na igreja do santo na praça principal.



Em frente à igreja de São Brás está o Palácio Sponiza, o melhor exemplo da arquitetura renascentista da cidade, este palácio é um dos mais belos e mais bem preservados da cidade. Construído entre 1516 e 1522 em estilo gótico e renascentista, pensa-se que será muito representativo da maioria dos palácios públicos e privados de Dubrovnik existentes antes do terramoto de 1667. Localiza-se num dos extremos da Placa, a artéria principal da cidade antiga. O seu nome deriva de spongia (em latim: alluvium) (local onde eram recolhidas as águas da chuva, que seria o uso anterior do local onde o palácio foi construído. No tempo da república nele funcionavam a alfândega, os armazéns desta e outros serviços públicos, pelo que também era conhecido como Divona (de dogana, alfândega). Nele funcionou um banco, casa da moeda, sede das finanças públicas e arsenal de armamento. Atualmente aloja a instituição cultural mais importante da cidade, os arquivos nacionais.



Era hora de pensarmos no jantar e depois de tanto andarmos pelas ruas e ruelas da cidade à noite optámos por um restaurante típico Italiano, onde escolhíamos o tipo de massa que queríamos e os ingredientes e ficámos na esplanada a saborear o nosso manjar e a sentir o calor da noite em Dubrovnik.




A noite em Dubrovnik é movimentada como se fosse dia, o ambiente é fantástico e estamos sempre a descobrir algo de novo e fascinante desde as fotos de um edifício bombardeado e agora nós a vê-lo reconstruido, a uma igreja Ortodoxa a uma pequena capela com um vaso por cima da porta e de lá sai uma árvore já com um porte respeitável. Dubrovnik a cidade que ainda há poucos anos estava a ser bombardeada, renasce das cinzas e o seu povo mostra de que fibra é feito.


Amanhã eu e a Ana temos que nos levantar cedo para estarmos às 8 da manhã na entrada que dá acesso ao topo da muralha para se poder percorrer, toda a muralha, à volta da cidade depois iremos fazer um cruzeiro por 3 ilhas, aí já na companhia do Paulo e da Paula.

Dubrovnik, não me irei esquecer desta cidade.






Dia 10

Dubrovnik - Cruzeiro por três ilhas (Kolocep, Sipan e Lopud) - Neum (Bósnia)


Hoje o dia seria passado a visitar três ilhas nos arredores de
Dubrovnik, Kolocep, Sipan e Lopud. Todas elas com praias algo diferentes das nossas mas todas elas com umas águas cristalinas que até parece impossível. 
Mas antes e irmos apanhar o barco eu e a Ana ainda tínhamos as muralhas de
Dubrovnik para percorrer. Oito da manhã e lá estávamos nós para subir às
muralhas, tipo exercício físico matinal.









De lá tem-se uma outra perspetiva da cidade mas o fascínio continua lá. Da muralha consegue-se ver ainda alguns edifícios que ficaram por reconstruir, dá-me impressão que de propósito, para se ver o estado em que a cidade ficou depois do cerco feito pelo exército Bósnio e Monte Negrino durante a fragmentação da Jugoslávia.

Um campo de Basquetebol meio estranho


E em cada esquina, cada recanto da muralha um nova descoberta que nos maravilhava imenso. A muralha tem 2 km de extensão por 25 metros de altura, uma das mais bem preservadas da Europa. Foi construída entre os séculos VIII e XVI e sobreviveu aos intensos bombardeios durante os conflitos nos Balcãs e das tropas sérvias no início dos anos 90. Aconselho a ser percorrida com um calçado confortável, não fazer com chinelos de enfiar no dedo como fez a Ana, pois o chão é de pedra, por vezes bastante irregular e tem muitas escadas. Para quem fizer pela hora do calor tem muitos bares ao longo da muralha onde se pode refrescar e ao fim do dia observar um pôr-do-sol magnífico, com bastante tristeza nossa não conseguimos ver.






As dez horas aproximavam-se e era a hora de nos juntarmos ao Paulo e à Paula e irmos apanhar o cruzeiro para visitar três ilhas. Hoje o dia seria no mar e na praia e a comer um belo peixinho grelhado no barco.



E lá embarcamos no nosso cruzeiro a caminho da primeira ilha que seria a ilha de Kolocep.



A temperatura era óptima, quer dizer menos para a Paula ahahahaah, desculpa tinha que dizer isto, o sol convidava a uns banhos de sol e a ouvir a deslocação do barco sobre as águas calmas e cristalinas do Adriático.





E lá chegámos à primeira ilha do dia. Kolocep tem 45 km2 e 165 habitantes, junto ao cais onde o barco parou vê-se uma casa com marcas de uma guerra ainda recente.

Estava na hora de um mergulho, a água convidava e nós lá fomos certificar se era mesmo assim como parecia.






Só faltava mesmo a areia. O Paulo como tem que ter sempre o protagonismo só para ele, lembrou-se de pisar um ouriço do mar, coitado do bicharoco.



Estava na hora de voltarmos ao barco, na viagem entre Koloceo e a ilha de Sipan foi nos servido o almoço. Cavala grelhada e estava bem boa, acompanhava uns legumes que pareciam couve lombarda cortada aos bocadinhos. Para refrescar um vinho branco fresquinho da zona, soube mesmo bem.





Após termos almoçado tivemos a companhia das gaivotas que todo o bocado de peixe que atirávamos ao mar elas iam e apanhavam, muito giro.




E já bem almoçados, lá chegámos à ilha de Sipan. Nesta só iríamos estar 30 minutos, era tempo para beber um café numa das esplanadas junto ao porto e partirmos para a próxima e última que será a ilha de Lopud.




A ilha de Lopud, das três que visitámos, é aquela que já está um pouco desenvolvida para o turismo, logo à chegada a praia para onde nos dirigimos era uma praia privada de um hotel e só os utentes do hotel podiam lá estar,modernices. Lá fomos à procura de outra porque praias livres haverá sempre.



Não era muito grande como mostra a imagem em cima mas deu para deitar numas espreguiçadeiras e desfrutar do sol croata.

O tempo estava a chegar ao fim, era hora de irmos até junto ao barco beber uma fresquinha, a Ana como não gosta de perder nada enquanto bebia continuava a dar uns mergulhos ao lado do barco ahahahaha.






E lá fomos para a última etapa de barco, ou seja o regresso a Dubrovnik. 




Dubrovnik vista do mar





E de novo em terra era chegada a hora de deixarmos esta cidade maravilhosa e que tanta saudade iria deixar.

Lá fui até o estacionamento onde tinha a mota e lá estava ela acompanhada com uma amiga inglesa, o Paulo foi buscar o carro a outro local, quando lá chegou tinha uma multa de 800 Kunas pois o estacionamento era grátis durante o dia mas à noite pagava-se e o carro teve lá a noite toda. É o que dá olhar para o sinal e imaginar o que lá está escrito. Ahahahah

O sol já começava a querer esconder-se, nós ainda tínhamos que ir dormir à Bósnia mas estávamos apenas a 65 km do hotel, o que é isso para quem já tinha 4500 km feitos desde que saímos de casa ?  Duas ou três paragens para nos despedirmos de Dubrovnik e lá chegámos à fronteira com a Bósnia, mostrei o passaporte e mandou-me seguir. Que raiva, gasto eu 75 euros num passaporte para entrar na Bósnia e mais uma vez nem um carimbo põem para saberem que já lá estive. E lá fomos andando, rapidamente  chegámos a Neum, uma vila junto ao Adriático, o hotel ficava à beira da estrada principal e havia bastante movimento à sua volta. Hoje íamos ficar num hotel de 4 estrelas, rapidamente descobrimos porque razão um hotel de 4 estrelas estava  a um preço tão convidativo, em Portugal seria um hotel de 2 estrelas  e a sermos bonzinhos. O hotel aparentava ser recente mas estava muito mal tratado e a manutenção deixava muito a desejar, no meu quarto nem candeeiro no teto havia, estava lá a lâmpada e já é muito bom, no quarto do Paulo a água quente tinha ido de férias, teve que trocar de quarto, isto para não falar no mau cheiro que estava no elevador.   O jantar foi num restaurante ali perto e comemos uma grelhada mista muito boa, o vinho era da região e também muito bom, para rematar o jantar uma aguardente da terra. Muito bom, a rapariga que nos atendeu foi 5 estrelas.

Amanhã iremos a Mostar e ao Santuário Mariano de Medugorje onde ainda há todos os meses aparições de Nossa Senhora a videntes de Medugorje.

Voando na Estrada