Dia 4
Turim - Milão - Veneza
Era o dia do reencontro, eu e o Paulo tínhamos que estar às 17 horas em Milão para recebermos a Ana e a Paula em terras italianas. Aproveitámos o tempo que tinhas para algumas visitas.
Saímos do hotel e fomos dar uma volta por Turim, o Paulo queria conhecer o estádio da Juventus, equipa principal de Turim, e lá fomos nós à procura do estádio. No terreno ficava o antigo estádio da Juventus, o Stadio Delle Alpi, que foi concluído para o campeonato do Mundo de Futebol de 1990. Porém o povo de Turim ainda preferia o antigo Estádio Olímpico de Turim devido a sua melhor acessibilidade e melhor visibilidade dos jogos. A Juventus comprou o estádio em 2003.
A Juventus saiu do estádio em 2006 e começou os planos para construir um estádio com uma atmosfera mais intimista. Nesse íntervalo, a Vecchia Signora utilizou juntamente com o Torino o Estádio Olímpico de Turim que foi reformado para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2006.
A Juventus saiu do estádio em 2006 e começou os planos para construir um estádio com uma atmosfera mais intimista. Nesse íntervalo, a Vecchia Signora utilizou juntamente com o Torino o Estádio Olímpico de Turim que foi reformado para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2006.
Era hora de seguirmos viagem, Milão esperava por nós. Seguimos viagem e em menos de nada chegámos a Milão, as estradas do centro de Milão não são lá grande coisa para quem anda de mota do tamanho da minha, pois os buracos são muitos e a calçada é feita com pedras bem grandes, mais do dobro que se vê em Lisboa. Estas até nem estão muito desalinhadas como a maioria.
Eu já conhecia Milão, fomos diretos à Catedral e aproveitámos para visitar também as Galerias Vittorio Emanuelle.
A catedral é imensa, com 157 m de comprimento e 109 m de largura. O interior tem cinco naves com uma altura que chega aos 45 metros, divididas por 40 pilares. Possui um transepto com três naves. O estilo predominante da catedral é o gótico flamejante, relativamente pouco comum na Itália. A construção do edifício começou em 1386 sob a iniciativa do arcebispo Antonio da Saluzzo, em um estilo gótico tardio de influência francesa e centro-europeia, distinto ao estilo corrente na Itália de então. Os trabalhos foram apoiados pelo senhor da cidade, o duque Gian Galeazzo Visconti, que impulsou a obra através de facilidades fiscais e promoveu o uso do mármore de Candoglia como material de construção. A obra avançou rápido, e em 1418 o altar-mor da catedral foi consagrado pelo Papa Martinho V. Já em meados do século XV a parte leste da igreja estava completa. A partir desta data, porém, as obras prosseguiram lentamente até fins do século XV.
Entre 1500 e 1510 a cúpula octagonal do cruzeiro foi completada e o interior foi decorado com várias séries de estátuas. Porém, a fachada oeste do edifício permaneceu ainda inacabada. Em 1577 a catedral foi consagrada novamente pelo arcebispo Carlos Borromeu. Apenas no século XVII foi a fachada construída, em estilo maneirista. Em meados do século XVIII foi completada a parte externa da cúpula, onde foi colocada a estátua da Madoninna. Em 1805, por iniciativa direta de Napoleão, que havia invadido a Itália, as obras foram recomeçadas. Nessa época a fachada principal e grande parte dos detalhes exteriores, como os pináculos, foi completada em uma mistura de estilos, entre o neogótico e o neobarroco. Apenas em 1813 foi a catedral dada por finalizada, mais de quatrocentos anos após o início das obras. Porém no século XX foi julgado necessário trocar as cinco portas da fachada, o que só foi acabado em 1965. A catedral é atualmente um importante ponto turístico de Milão, e do alto do seu terraço é possível vislumbrar toda a cidade.
As Galerias Vittorio Emanuelle têm uma estrutura que consiste em duas arcadas vidro-abobadado que se cruzam em um octogono cobrindo a rua que liga a Piazza del Duomo a Piazza della Scala . A rua está coberta por um vidro arqueado e ferro fundido no telhado, um projeto popular para arcadas do século XIX, como a Burlington Arcade em Londres , que foi o protótipo para maiores de vidros galerias comerciais , começando com a Galeria Saint-Hubert em Bruxelas ( inaugurado em 1847), o Passazh em St Petersburg (inaugurado em 1848), a Galleria Umberto I , em Nápoles (aberto em 1890) e a Budapest Galleria. O espaço octogonal central é coberto com um copo de cúpula . O Milanese Galleria foi de maior escala do que seus antecessores e foi um passo importante na evolução da moderna envidraçada e fechado centro comercial. No chão do octogonal central, há quatro mosaicos retratando o brasão das três capitais do Reino de Itália ( Turim , Florença e Roma ).
O Galleria liga dois dos mais famosos marcos de Milão: o Duomo e o Teatro Alla Scala , mas o Galleria é um marco no seu próprio direito.
As horas iam passando e depois de uma caminhada por algumas ruas de Milão, as 17 horas aproximavam-se, tínhamos que ir buscar as nossas companheiras de viagem a partir de hoje, lá fomos buscar as motas onde estavam entre scooter´s e outras motas que circulam em Milão, diga-se de passagem que são aos minhares. Não nos podíamos atrasar pois ainda tínhamos cerca de 40 minutos de viagem do centro de Milão até ao aeroporto de Malpensa.
Chegá-dos ao aeroporto ainda fizemos uns papeis tipo guias turísticos com o nome das turistas que íamos buscar.
Papeis feitos e toca de esperar pelas turistas vindas de Portugal.
E lá chegaram elas todas contentes, foi tempo de matar algumas saudades, falar um pouco de como estavam as coisas em Portugal e de como estavam as filhotas. Hora também de colocar as bagagens nas motas, será que cabe tudo ? Claro que sim, tudo bem arrumadinho e ainda sobra algum espaço.
Ainda estávamos a 314 kms do destino deste 4º dia de viagem. Veneza esperava por nós e era hora de nos montarmos nas motas e partirmos até Veneza ...
Tínhamos vontade de chegar rapidamente a Veneza, decidimos fazer o percurso em auto-estrada para ser mais rápido e seguro, pois não tardaria o sol a ir-se embora. Apanhámos a A4 e seguimos viagem, fizemos uma paragem na área de serviço de Bréscia para atestar as motas e atestar as nossas barriguitas também e lá continuámos na nossa aproximação a Veneza. Perto de Verona o Paulo informa-me pelo rádio que vai parar na próxima área de serviço para a Paula vestir mais um casaco pois ia com frio, eu disse "ok quando quiseres pára". E assim foi, parou e a Paula lá vestiu mais um casaco, o pior estava para acontecer, vai para arrancar e em vez disso, ouve-se um barulho estranho na mota, pareciam carretos a bater uns nos outros, eu grito logo, "Ehhh maçarico, põe a primeira como deve ser" mas a brincadeira logo passou a tristeza. A mota estava com um problema na transmissão. Ainda parou um grupo de motard´s italianos mas não conseguiram nos ajudar em nada, só havia uma coisa a fazer chamar a assistência em viagem e esperar a ver o que diziam, e assim se fez, o Paulo ligou e mandaram-nos esperar que já enviavam um reboque ao local. A tristeza instalava-se nas nossas caras, a Paula fumava cigarros atrás de cigarros, o Paulo conseguia transparecer uma calma mas sabe Deus como estaria por dentro, a Ana só perguntava "e agora ? Mas vocês não fizeram a revisão às motas como é que isto avaria assim ?", perguntas sem respostas. Eu tentava manter a calma e pensar em soluções e queria acreditar que seria uma coisa simples de resolver e que no dia seguinte tudo estaria bem, seguiríamos a nossa viagem e a avaria seria apenas um pequeno problema que se resolveu facilmente. Foi hora e meia de espera, sofrimento e sem saber bem como seria tudo a partir dali, até chegar o reboque e sabermos quais as soluções que haveriam para nós. O motorista do reboque, num italiano a querer arranhar o inglês, lá nos explicou que só levaria a mota no dia seguinte para a Honda de Verona e que o Paulo e a Paula iriam ficar num Hotel para passarem a noite, depois consoante a avaria e a sua resolução, na Honda, no dia seguinte, se via como seria o resto da viagem para eles.
E lá nos separámos, eu e a Ana seguimos de mota até Veneza pois já tinhamos o hotel reservado e o Paulo e a Paula seguiram de reboque para o hotel. Eu ainda tinha 115 kms para fazer até chegar a Veneza, e depois encontrar o hotel naquelas ilhas e aprender andar de autocarro, mas aquático. Meti no GPS a morada do hotel e não é que ele me deu o caminho, e eu a pensar que teria que deixar a mota longe do hotel, afinal há caminho para lá, e segui todo o itinerário que ele (GPS) me dizia. Uma hora depois de sair da área de serviço, onde a mota do Paulo avariou, estava a entrar na ponte na liberdade. A Ponte da Liberdade é uma ponte rodo-ferroviária com cerca de 3850 m de comprimento, que atravessa a Laguna de Veneza, e que constitui a única via de acesso ao tráfego automóvel à cidade de Veneza. Liga o continente à Praça de Roma. O seu projeto foi desenhado em 1931 pelo engenheiro Eugenio Miozzi, e a ponte foi inaugurada por Benito Mussolini em 25 de abril de 1933, com o nome de «Ponte Littorio». Foi construída em quase toda a sua extensão junto à antiga ponte ferroviária construída pelo Reino Lombardo-Véneto em 1842. No final da Segunda Guerra Mundial o seu nome foi mudado para «Ponte da Liberdade» em memória da libertação do fascismo. A ponte é o troço final da Estrada Nacional italiana n.º 11 "Padana Superior". Tem duas faixas em cada sentido, e é flanqueada por amplos passeios onde podem transitar peões e bicicletas. A parte da ponte mais próxima de Veneza apresenta um só passeio (falta o do lado da ferrovia). Ao chegar a Veneza, termina junto da Estação de Venezia Santa Lucia, à qual se acede pela nova ponte pedonal - Ponte da Constituição. Depois de atravessar a ponte, o GPS encaminhava-me para uma zona restrita e com um porteiro, mas segui. O porteiro falava muito bem espanhol e perguntou-nos para onde íamos, pois por ali, não era o caminho de certeza. Mostrámos a morada do hotel e explicou-nos como haveríamos de fazer para lá chegar e onde deixar a mota, pois a mota não podia seguir até lá. Isso é que me custou ouvir. Agradecemos e a Ana ainda lhe disse, "és muito simpático" e ele respondeu, "também sou motard" e lá fomos fazer o que ele nos aconselhou.
Deixei a mota num parque repleto de scooter´s e lá fomos até ao cais apanhar o Vaporetto da linha 2 que nos levaria até perto do hotel onde iriamos ficar. Os Vaporettos são os "autocarros" de Veneza. Como a cidade é toda recortada por canais, é este tipo de embarcação que faz o papel dos nossos tradicionais autocarros, com pontos espalhados por toda parte e com horários bem completos. Se não estou em erro o último é à meia noite e meia e o primeiro do dia é às 4:30h salvo erro.
Lá chegámos ao nosso cais de desembarque que ficava mesmo na rua que dava acesso ao hotel, chek in feito e era hora de descansar pois as emoções tinham sido algumas. "Já dormir ?" diz a Ana, " Vamos dar uma volta por Veneza à noite para ver como é", era perto da uma da manhã e ainda fomos passear. "Coisa de gajas !!!"
Sem mapas nem indicações andámos por ruas, ruelas, becos, praças e a cada esquina uma maravilha, uma surpresa se deparava diante dos nossos olhos.
E de repente temos à nossa frente a praça de São Marcos e a sua bela Basílica de São Marcos. A primeira igreja construída no local foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram à Alexandria as supostas relíquias de São Marcos. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual Basílica, esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976, reconstruída em 978 e mais uma vez em 1063, no que viria a ser a base do atual edifício.
Basílica de São Marcos |
Junto à praça de São Marcos há um cais onde as famosas gondulas descansam do dia atarefado que tiver a transportar turistas, e um pouco mais à frente a famosa ponte dos suspiros.
A Ponte dos Suspiros (em italiano: Ponte dei Sospiri) é uma ponte característica de Veneza e liga o Palácio ducal à Prisão Nove, o primeiro edifício no mundo construído para ser uma prisão. Conhecida em todo o mundo, fotografada pelos turistas provenientes de todos os lugares, e foi lhe atribuído esse nome porque a lenda diz que em tempos remotos, os prisioneiros ao atravessá-la, suspiravam, porque seria a última vez que viam o mundo exterior, pois seriam condenados à morte.
A noite já ia longa e estava na hora do descanso, regressámos ao hotel mas ainda houve tempo para entrarmos em ruas que iam apenas dar à água e lá tínhamos que voltar para trás, eram três e meia da manhã quando finalmente chegámos ao hotel. Agora era tempo de descansar e acreditar que no dia seguinte chegariam boas notícias em relação à mota do Paulo.
Dia 5
Veneza
Acordámos na manhã seguinte sem saber o que nos esperava, eu e a Ana iríamos continuar a nossa exploração de Veneza, o Paulo e a Paula estavam em Verona à espera do veredito do mecânico e na esperança que não tardaria muito estariam a caminho de Veneza na mota. Para começar o dia em grande, nada melhor que um belo pequeno almoço no hotel onde ficámos, havia que carregar energias pois havia muito que andar a pé, muitas ruas para descobrir, ruelas, becos, praças, monumentos, canais, etc. Veneza tem essa vantagem, estamos sempre a descobrir coisas novas, cada esquina, cada rua é uma surpresa.
E lá fui eu e a Ana à descoberta de Veneza e na espetativa de haver um telefonema do Paulo a dizer que estava a caminho e que estava tudo resolvido com a mota. Era por volta das 11 da manhã e o telemóvel tocou, era o Paulo a dizer que estava a caminho mas de comboio, só no dia seguinte poderiam analisar a mota e averiguar qual a avaria na realidade. Não era a pior notícia mas parte da esperança caiu naquele momento, pelo menos vinham a caminho de Veneza.
Uma das igrejas que mais nos fascinou nessa manhã foi a igreja de Santa Maria dei Frari. Além da belíssima fachada externa localizada numa maravilhosa praça junto a um pequeno canal, Frari abriga obras de arte fantásticas e monumentos fúnebres de doges, artistas e personalidades. Para se ter uma ideia, depois de São Marcos, a igreja é o templo religioso mais importante de Veneza e o bilhete de entrada é somente uma contribuição de 3 euros para a manutenção do espaço. A fundação da Igreja dei Frari foi no século XII, mas a construção foi modificada ao longo dos séculos. A igreja ganhou prestígio com a maciça presença de fiéis trazidos pelos frades franciscanos. Entre as obras para poder admirar, uma das mais famosas é a Pala dell'Assunta, a Assunção, uma tela de Tiziano que fica no altar da igreja. Mas para chegar até o altar você terá a possibilidade de se perder pelas inúmeras outras obras espalhadas pela igreja.
O monumento fúnebre ao escultor Antonio Canova foi realizado por seus discípulos e é repleto de simbologias interessantes inclusive relativas à maçonaria, a qual pertencia Canova. A forma triangular não deixa dúvidas. Figuras mitológicas, as virtudes cardinais, conhecidas como três luzes maçônicas e a esquadra e o compasso, símbolos da maçonaria indicam que Canova foi um maçom muito respeitado na época. As esculturas são espetaculares.
Outra obra impressionante é o monumento ao doge Giovanni Pesaro realizado com esculturas em mármore e bronze. Odiado pelo povo por sua arrogância e despotismo, o doge Pesaro sofreu com uma doença que o deixou sem dentes. O monumento fúnebre é suntuoso e impressionam os escravos mouros que sustentam as colunas de mármore.
Por vontade própria o mestre Tiziano quis ser sepultado na basílica dei Frari. A obra foi realizada pelos discípulos de Canova que a esculpiram em mármore de Carrara. Ao centro do monumento foi colocada uma estátua representando Tiziano.
Outra obra de Tiziano presente na igreja é a "Pala Pesaro"
E lá saímos e continuámos à descoberta de Veneza...
A hora de almoço aproximava-se mas o que sabia mesmo bem era algo fresco, o calor não era sufocante mas aquecia, ainda para mais andar. Em Veneza há lojas com fruta fresca dentro de uns copos e é comprar e levar. E assim fizemos comprámos cada um copo de fruta e fomos para a escadaria de uma igreja comer a bela e saborosa fruta fresquinha. Soube mesmo bem ...
Entretanto recebemos uma chamada do Paulo a dizer que já tinham chegado a Veneza e que estava à espera do Vaporetto para finalmente ficarmos juntos outra vez.
Enquanto esperávamos lá se tirou mais uma famosa selfie,
E lá chegaram eles. Sem perdermos tempo fomos até à Praça de São Marcos visitar o Campanário de São Marcos. O Campanário, é o campanário da Basílica de São Marcos em Veneza, fica situado na praça do mesmo nome mas não agregado à basílica. É um dos símbolos da cidade de Veneza, a torre tem 98,6 m de altura e fica num canto da praça, perto da entrada da basílica. As suas formas são simples, e o seu corpo principal é uma coluna de tijolos, de 12 m de lado e 50 m de altura, sobre a qual assenta o campanário com arcos, que aloja cinco sinos. O campanário tem no topo um cubo, em cujas faces estão representados leões (o símbolo do Evangelista São Marcos) e a representação feminina de Veneza (la Giustizia: a Justiça). A torre é coroada por uma agulha piramidal, no extremo da qual se encontra um cata-vento dourado com a figura do Arcanjo Gabriel. O campanário, de cuja construção inicial do século IX nada resta hoje, tem a forma atual desde 1514. A torre que se observa hoje é uma reconstrução, que foi terminada em 1912 depois do colapso ocorrido em 1902.
A construção foi iniciada no século XI durante o dogado de Pietro Tribuno sobre fundações de origem romana. Foi terminada no século XII durante o dogado de Domenico Morosini. Seriamente danificado por um relâmpago em 1489 que destruiu a cúspide de madeira, assume o aspeto definitivo no século XVI graças aos trabalhos de reconstrução para reparar os danos causados pelo sismo de março de 1511. Estes trabalhos iniciados pelo arquiteto Giorgio Spavento foram depois executados sob a direção do arquiteto bergamesco Bartolomeo Bon.
Nos séculos que se seguiram houve muitas intervenções, muitas vezes para reparar estragos provocados por raios. Em 1653 foi Baldasarre Longhena que continuou a restauração. Outros se lhe seguiram depois de em 13 de abril de 1745 um raio provocar uma grande fenda. Finalmente, em 1776, o campanário foi dotado de um pára-raios. Em 1820 substituiu-se a estátua do anjo por uma nova, feita por Luigi Zandomeneghi.
Em julho de 1902, sobre a parede norte da construção, foi descoberta uma perigosa fenda que nos dias seguintes aumentou de tal modo que na manhã de segunda-feira 14 de julho às 9:47 o campanário se desmoronou. Não houve vítimas e, dada a posição da torre, os danos foram limitados em extensão. Durante a tarde o conselho comunal, reunido de urgência, decidiu a reconstrução com 500 000 liras para contribuir para os trabalhos. O sindicalista Filippo Grimani durante o discurso na ocasião da colocação da primeira pedra, em 25 de abril de 1903, pronunciou a famosa frase dov'era e com'era (onde estava e como era) que se converteu no lema da reconstrução. Os trabalhos duraram até 6 de março de 1912. O novo campanário foi inaugurado em 25 de abril de 1912 por ocasião da festa de São Marcos.
A subida até ao alto do Campanário é feito por um elevador moderno e onde se faz umas fotografias engraçadas como a nossa.
A vista lá de cima é magnifica como se pode imaginar ...
E lá continuámos a nossa passeta pelas ruas e ruelas de Veneza, numa constante descoberta e com surpresas, coisas que nunca mais esqueceremos durante a nossa vida.
Para acabar o dia em beleza fomos jantar a um restaurante de pizzas e massas italianas e no fim fizemos um brinde à nossa amizade.
Amanhã ainda temos a mais famosa basílica de Veneza para visitar, a basílica de São Marcos e esperar por notícias da Honda de Verona para saber se podemos ir buscar a mota do Paulo e continuar a nossa agenda de viagem sem atrasos. Amanhã seria o dia em que finalmente iremos entrar na Croácia e dormir em Pula, a ver vamos ...
Dia 6
Veneza
Acordámos com a esperança de recebermos uma chamada da Honda de Verona a
dizer que a mota do Paulo estava pronta, e a chamada chegou. A notícia
que não queríamos ouvir foi a que ouvimos, a mota do Paulo tinha acabado a sua aventura em Verona. O Paulo conseguiu manter a calma e disse : " Vamos visitar o que ainda temos que visitar e pode ser que surja uma hipótese de continuarmos a viagem." O pensamento que uma viagem a quatro, passaria a ser uma viagem a dois começou a pairar no ar e eles teriam que regressar a Lisboa. Fizemos o chek-out no hotel e fomos ver o monumento que nos faltava, a basílica de São Marcos. A Basílica de São Marcos é a mais famosa das igrejas de Veneza, e um dos melhores exemplos da arquitetura bizantina. A primeira igreja construída no local foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual basílica. Esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976, reconstruída em 978 e, mais uma vez, em 1063, no que viria a ser a base do atual edifício.
dizer que a mota do Paulo estava pronta, e a chamada chegou. A notícia
que não queríamos ouvir foi a que ouvimos, a mota do Paulo tinha acabado a sua aventura em Verona. O Paulo conseguiu manter a calma e disse : " Vamos visitar o que ainda temos que visitar e pode ser que surja uma hipótese de continuarmos a viagem." O pensamento que uma viagem a quatro, passaria a ser uma viagem a dois começou a pairar no ar e eles teriam que regressar a Lisboa. Fizemos o chek-out no hotel e fomos ver o monumento que nos faltava, a basílica de São Marcos. A Basílica de São Marcos é a mais famosa das igrejas de Veneza, e um dos melhores exemplos da arquitetura bizantina. A primeira igreja construída no local foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual basílica. Esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976, reconstruída em 978 e, mais uma vez, em 1063, no que viria a ser a base do atual edifício.
E estivemos ali das 14 até às 24 horas, hora em que as rent car fecham e a euro assistence ainda não tinha arranjado solução para o nosso caso. Vai de arranjar hotel ali perto, na esperança, que durante a noite o problema era desbloqueado e que finalmente no dia seguinte pela manhã arrancaríamos em direcção à Croácia. Na última reunião de grupo na recepção do hotel, a beber umas cervejas fresquinhas e a comer uns amendoins, nem tinhamos jantado, decidiu-se que caso não houvesse uma resposta da euro assistence, eu e a Ana na manhã seguinte continuaríamos a viagem, o Paulo e a Paula esperariam ou pelo carro ou pela passagem de avião até Lisboa.
Embora a estrutura básica do edifício tenha sido pouco alterada, sua decoração mudou muito ao longo do tempo. Foi adornado ao longo do tempo, especialmente no século XIV, e era raro um navio veneziano voltar do oriente sem trazer uma coluna, capitéis ou frisos retirados de algum edifício antigo e destinados à igreja. Aos poucos, a alvenaria exterior de tijolos foi recoberta com mármores e outros elementos, alguns mais antigos que o próprio prédio. Uma nova fachada foi erguida e os domos foram cobertos com estruturas mais altas em madeira, de modo a tornar o conjunto mais harmônico com o novo estilo gótico do Palácio dos Doges. Por dentro, as paredes foram recobertas com mosaicos, numa mistura dos estilos bizantino e gótico. O chão, do século XII, é uma mistura de mosaico e mármore em padrões geométricos e desenhos de animais. Os mosaicos contêm ouro, bronze e uma grande variedade de pedras. Os Cavalos de São Marcos foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São obra da Antiguidade Clássica; alguns creem que antes adornaram o Arco de Trajano. Foram enviados para Veneza em 1204 pelo Doge Enrico Dandolo, como parte do saque de Constantinopla na Quarta Cruzada. Foram retirados por Napoleão em 1797, mas devolvidos à basílica em 1815, onde permaneceram até os anos 1990. Encontram-se atualmente numa sala de exposições, havendo sido substituídos por réplicas em fibra de vidro
Acabada a visita à Basílica de São marcos, era hora de nos fazermos à vida, pois o que estava programado era arrancarmos de Veneza e seguirmos para Pula, já na Croácia, mas ainda não tinhamos solução de como o Paulo e a Paula iriam continuar a viagem.
A companhia de seguros assegurava a viagem de avião até Lisboa, isso implicava o fim da viagem para eles. Colocámos a hipótese de a seguradora alugar um carro para eles até dia 21 de agosto, dia em que a Ana e a Paula tinham o voo marcado para o regresso a Lisboa, e o Paulo faria o resto da viagem comigo de mota, resta dizer que o aluguer do carro ficava em metade do valor das passagens dos dois para Lisboa, até estávamos a ser amiguinhos da companhia de seguros. O Paulo apresentou esta solução, disseram-lhe que era uma hipótese, mas, teriam que falar com a euro assitence que era quem estava agora com a responsabilidade, visto que eles não estava em território português, e caso fosse aceite a proposta o carro teria que ser levantado no aeroporto de Veneza.
Se é no aeroporto que está a solução, vamos para o aeroporto. Eu e a Ana fomos buscar a mota o Paulo e a Paula foram de autocarro. O problema agora, estava do meu lado, como é que iria tirar uma mota que pesa 300 kg mais o peso da bagagem do meio de dezenas para não dizer centenas de scooter´s que estavam no parque onde deixei a minha Azulinha. Aquele parque parecia uma lata de sardinhas todas apertadinhas e encostadas umas às outras.
Com alguma calma e muito cuidado, lá a consegui tirar e seguir até ao aeroporto. Chegámos ao aeroporto primeiro que a reserva do carro, então fomos almoçar, podia ser que entretanto houvesse luz verde para se levantar o carro e ... Croácia aí vamos nós.
E finalmente veio a notícia que esperávamos, estava um carro para o Paulo numa rent car do aeroporto. O pior ainda estava para vir, cartão de crédito ?? Opssss o Paulo não tinha e não aceitaram o meu, pois a reserva estava em nome dele. Voltámos à estaca zero, mais telefonemas e mais telefonemas e nós esperávamos no corredor do aeroporto onde estão todas as empresas de rent car que operam no referido aeroporto. Parecíamos o Tom Hanks no filme "O Terminal" onde ele não tem autorização para entrar nos Estados Unidos porque durante a viagem de avião o país dele acabou e tem que permanecer dentro do aeroporto, assim parecíamos nós, já todos os funcionários nos falavam inclusivé os seguranças.
Aqui reinava a esperança |
Aqui reinava a desilusão |
A esperança de continuarmos todos juntos ainda não morreu...
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