Dia 18
Milão - Mont Blanc - Genève
O dia 18 seria marcado pelo começo oficial do regresso. Acordámos cedo, tomámos o pequeno almoço no hotel e fomos até ao aeroporto de Malpensa em Milão.
As meninas tinham avião às 11:30 em Milão para Lisboa, eu e o Paulo continuaríamos o regresso de mota mas antes tínhamos que ir entregar o carro que a seguradora lhe emprestou. Carro entregue, meninas no avião e estrada com eles.
Genève era o destino de hoje. Iríamos entrar nos Alpes pela segunda vez nesta viagem, a primeira vez foi no dia em que passámos pelo Mónaco e dormimos em Turim, no terceiro dia de viagem e já deu para ver um pouco do que é viajar nos Alpes. Espero um dia fazer uma viajem para os conhecer melhor.
Nos pontos mais altos das montanhas ainda predomina o branco da neve, com a beleza das montanhas nem damos pelos kms passar e o Mont Blanc está à nossa frente. As filas de carros para atravessar o famoso túnel de Mont Blanc eram consideráveis ainda consegui avançar uns metros por entre os carros na esperança que lá mais à frente alguém me mandaria avançar por um caminho só para motos. Não querias mais nada ? Chegou foi o momento em que tive que aguentar como os outros.
O Túnel do Mont Blanc é um túnel rodoviário, que liga Chamonix, na Alta Saboia (França) a Courmayeur, no Vale de Aosta (Itália). O Túnel do Mont Blanc, que passa exactamente por debaixo da Aiguille du Midi. A Aiguille du Midi está localizada no maciço do Mont Blanc, culminando nos 3.842 metros , é a mais alta de Chamonix . Na cúpula principal, fica uma torre, com antenas de telecomunicações , que representa o ponto mais alto.
O túnel foi construído em 1965, com um comprimento de 11,6 km, permitiu reduzir a distância, de França em direcção a Turim em 50 kms, e para Milão em 100 kms. Em 1949 foi assinada a convenção franco-italiana para a perfuração do túnel que começou em 1957 e foi inaugurado por Charles De Gaulle, pela França, e por Giuseppe Saragat, pela Itália, a 19 de julho de 1965. As duas equipas de perfuração encontram-se a 4 de agosto de 1962, e a 19 de julho de 1965 é aberta a circulação aos veículos ligeiros e a 20 de outubro desse mesmo ano aos pesados. Atravessámos o túnel de Mont Blanc e voltamos a entrar em França. Vinte e três euros e noventa centimos para se atravessar o túnel, acho muito mas lá tive que pagar e não reclamar.
Continuando pelos vales profundos e com as inúmeras quedas de água ao longo do caminho, sempre encantados com aqueles vales e rapidamente entramos na Suíça, nem demos pelo kms.
Assim que chegámos à Suiça, mais propriamente a Genève onde tínhamos encontro marcado com o meu amigo Pedro da Centre Honda Genève, a fim de tratarmos de uma mota para o Paulo andar e conhecer um pouco dos arredores de Genève.
Depois foi altura de ir conhecer o apartamento que o amigo Paulo Esteves nos emprestou para ficarmos lá nos dois dias que iríamos ficar em Genéve. e tinha uma vista espectacular.
Ainda era cedo e aproveitámos e fomos dar uma volta até junto do lago para o Paulo conhecer melhor Genève, eu tinha cá estado em 2014 com a família.
O Jet d'Eau é uma grande repuxo de água em Genève. É um dos mais famosos marcos da cidade, sendo apresentado no site oficial de turismo da cidade na web e no logotipo oficial de Genève, é também um dos maiores frepuxos do mundo. Situado no ponto onde termina o lago de Genève e recomeça o rio Ródano, é visível em quase toda a cidade. Quinhentos litros de água por segundo são jorrados a uma altitude de 140 metros por duas bombas de 500 kW. A água sai do bico a uma velocidade de 200 km / h. Quando estiver em operação, em determinado momento, existem cerca de 7.000 litros de água no ar. Os visitantes podem lá chegar através de um cais de pedra na margem esquerda do lago, pode é ficar encharcado se tiver o azar de haver uma ligeira alteração na direcção do vento.
A cadeira gigante com a perna partida que está localizada em frente às Nações Unidas. Sua instalação ocorreu em agosto de 1997, em apoio ao tratado que deveria ser assinado na "Convenção de Ottawa". O intuito do tratado era pedir para que houvesse uma interdição das minas terrestres existentes, pois a cada 20 minutos, em algum lugar do mundo, uma mina terrestre explode e fere pelos menos uma pessoa. Geralmente, as vítimas da explosão sofrem com as consequências: deficiências físicas, como por exemplo, a perda de um membro. Em referência a essa realidade, a cadeira tem um pé a menos. Inicialmente a obra deveria ser mantida em seu posto apenas durante três meses, tempo em que o tratado seria assinado. Seu sucesso a manteve no local até 2005, quando foi questionada sua conservação em frente aos prédios das Nações Unidas e a cadeira foi retirada, mas sendo reinstalada pouco tempo depois, no mesmo lugar.
O mais famoso relógio de Genève
Amanhã seria o dia de irmos até Lausanne e visitar alguns familiares e amigos. Quero aproveitar para agradecer ao Pedro o empréstimo da mota ao Paulo, e por tudo que nos proporcionou nestes dois dias na Suiça, sem esquecer o Paulo Esteves que nos emprestou o seu apartamento para ficarmos. Muito obrigado a ambos.
Dia 19
Genève - Lausanne - Genève
O dia seria essencialmente para mostrar ao Paulo um pouco mais da cidade de Genève e irmos até Lausanne, cidade relativamente perto de Genève mais concretamente a cerca de 60 kms, é também banhada pelo lago Léman. Estava um dia lindo.
Para começar fomos tomar o pequeno almoço com o meu amigo Bruno Alves, encontro marcado no seu estaleiro, o Bruno juntamente com o pai são os donos de uma empresa portuguesa responsável por grande parte das obras e manutenção de infraestruturas públicas em Genève e arredores. Os portugueses a mostrarem lá fora de que fibra somos feitos. Conversámos de tudo um pouco mas claro o tema motas teve que ser o predominante, o Bruno tem uma Ducati mas para o que anda dá-lhe muita despesa. ahahahah. Lá nos despedimos e fomos até ao centro da cidade mais concretamente à estação de Cornavin.
A Estação de Cornavin ou Estação de Genebra, nesta cidade da Suíça (Gare de Cornavin em Francês), cada vez mais é chamada de Estação de Genebra-Cornavin para a diferenciar da Estação de Genebra-Aeroporto. A Estação de Genebra ainda é a principal estação de caminho de ferro de Genebra e a quarta da Suíça, e vê passar anualmente mais 85 000 passageiros e 230 comboios diários. Com o prolongamento da linha até o aeroporto o numero de passageiros em Cornavin não baixou porque, em número global, aumentaram o numero de passageiros que toma este meio de transporte. Á esquerda da entrada da estação encontra-se o Hotel Cornavin que tem à porta uma imagem de Tintin pois no L'Affaire Tournesol o Professor Girassol "ocupou" o quarto 122, aliás a chave do quarto ainda desaparece com alguma regularidade. A Estação tem uma grande área comercial e no seu corredor central há uma loja de uma pessoa muito querida para mim, a minha prima Bela. "Oh meu amor" como ela me chama sempre. Hoje estou um pouco lamechas.
Depois de matarmos as saudades da prima fomos até uma superfície comercial relativamente perto da estação que se chama Magor. Lá encontra-se produtos tipicamente suiços e também muitos portugueses. Aproveitámos para comprar um ou outro "recurdo" e também comprámos o nosso almoço e fomos almoçar para um jardim que havia nas proximidades. Não éramos os únicos pois parece que por ali é normal as pessoas à hora de almoço fazerem picnic´s nos jardins de Genève.
Como todos sabem a Suiça é composta por 26 cantões. Cantão Suiço historicamente é considerado um Estado soberano, com fronteiras próprias, além do exército e moeda. A estrutura federal recente foi estabelecida em 1848, e mesmo atualmente Genebra refere-se a si mesmo como República e Cantão de Genebra.A Confederação Helvética é constituída por 26 cantões suíços iguais em direito, dos quais três (Appenzell, Basileia e Unterwalden) estão subdivididos em semicantões que se chamam respectivamente: Appenzell Rodes Exterior e Appenzell Rodes Interior, Basileia Cidade e Basileia Campo, e Obwald e Nidwald.
Durante o século XVI, a Confederação Helvética foi constituída por 13 estados autónomos, os quais foram denominados cantões. Embora cada um destes fizesse parte do Sacro Império Romano-Germânico, eles haviam conquistado uma quase completa independência quando os suíços derrotaram o imperador Maximiliano I em 1499.
Desde 1848, os cantões são os membros federativos do Estado Federal, mantêm uma larga autonomia, dispõem da soberania em todos os domínios que não são da competência exclusiva da Confederação Suíça e constituem a base para a criação das sete grandes regiões.[1]Existem também várias regiões não-administrativas com base na geografia física, na cultura ou na história principalmente baseadas na língua pelo que se fala da Suíça alemã ou - mais corretamente Suíça germânica -, da Suíça romanda, da Suíça italiana e da Suíça romanche, que aliás é a quarta língua oficial. Agarrámos nas motas e fomos até Lausanne. São 60 kms de uma beleza fascinante sempre com o lago Léman do nosso lado direito e passado uma hora chegámos à cidade considerada por muitos como uma das mais belas da Suiça. Chegámos a Lausanne e fomos diretos à zona da marina onde deixámos as motas e fomos dar uma volta a pé para conhecer melhor o local.
Lausana (em francês Lausanne) é uma cidade na Suíça romanda, a parte francófona da Suíça, e é a capital do cantãode Vaud. Sede do distrito de Lausana, a cidade está situada às margens do Lago Léman. Limitada pela cidade francesa de Évian-les-Bains ao sul do lago, com as montanhas Jura a noroeste. Lausana está localizada 60 km a nordeste de Genève.
Lausana tem uma população de 129 383, tornando-se a quarta maior cidade do país, com a área de aglomeração com 336 400 habitantes. A sede do Comité Olímpico Internacional (COI) e o Museu Olímpico estão localizados na cidade,além de inúmeras federações e organismos desportivos estão sediados na cidade - o COI reconhece oficialmente a cidade como a Capital Olímpica, assim como a sede do Tribunal Arbitral do desporto. Encontra-se no meio de uma região do vinho. A cidade tem um sistema de metro com 28 estações, tornando-se a menor cidade do mundo a ter um sistema de transporte rápido.
A vista das montanhas por detrás do lago é fascinante, fazendo lembrar Lucerne também na Suiça, só falta mesmo a ponte em madeira no meio do lago. Acho que é um pouco imagem de marca de algumas cidades helvéticas, o lago e depois por detrás as montanhas algumas com neve no alto.
Era hora de irmos novamente até Genève onde o Pedro esperava por nós para nos mostrar uma belas máquinas, desta vez com quatro rodas. Estava um dia relativamente quente e claro antes da despedida da cidade de Lausanne tivemos que beber uma fresquinha na margem do lago, tão bom ...
Lá arrancámos em direção a Genève sempre a cumprir os limites de velocidade porque aqui doí as multas , segundo dizem porque por aqui nunca fui "baptizado", nem quero. O transito à entrada de Genève fazia-se sentir mas nós lá íamos calmamente pelo meio dos carros sem dar muito nas vistas chegámos onde tínhamos combinado com Pedro. que belas máquinas ele tinha para nos mostrar, algumas eram quase exclusivas ou de um número muito limitado de unidades como este Mercedes CLK GTR AMG
Eu pessoalmente gostei muito deste Austim vermelhinho, digam lá que não fico bem nele.
O Paulo preferiu mais este Mercedes SLS, e olhem bem para ele a chamar as meninas para irem com ele dar uma volta pela cidade, gajo convencido ahahahaha
O modelo que escolhemos para regressar a Portugal seria um Ferrari mas teríamos que deixar a minha mota na Suiça, não gostei da ideia e preferi seguir viagem de Pan European.
Obrigado Pedro por nos mostrares todas estas maravilhas do mundo automóvel.
O dia aproximava-se do fim e iríamos ter um jantar de amigos em casa do Pedro que fica no alto de uma montanha já em França, e a vista é "magnific" como se diz por estas terras. Há muita gente que tem casa em França e trabalha na Suiça, pois as casas são bem mais baratas e o custo de vida também. Lembro-me que quando estive na Suiça em 2014 ia sempre a França atestar o carro de gasóleo, era bem mais barato, inclusive na Suiça o gasóleo é mais caro que a gasolina, os helvéticos são um pouco contra os carros a diesel devido a serem mais poluentes que os a gasolina.
Já estavam a preparar o jantar, uma bela churrascada a fazer lembrar as que se fazem em Portugal nos dias de verão depois de um dia de praia quando chega o nosso amigo Paulo Esteves no seu lindo Lotus.
Agradecer também a ele o empréstimo que nos fez do seu apartamento onde ficámos nestas duas noites na Suiça. Muito obrigado.
E foi um jantar muito divertido, um jantar que nunca esquecerei, muito bom mesmo.
Era hora de descansar, no dia seguinte sairíamos da Suiça, cruzaríamos França até chegarmos ao norte de Espanha mais concretamente à comunidade autónoma do País Basco e à bela cidade de Vitoria-Gasteiz.
Dia 20
Genève - Bordeus - Vitoria-Gasteiz
Mais um dia com sol em Genève e ainda bem pois nós tínhamos que nos fazer à estrada. Na noite anterior antes de adormecermos olhámos para o mapa e eu sugeri irmos ficar ali para a zona de Baiona perto de Biarritz, eram cerca de 850 kms até lá, o Paulo disse que eu era doido em se fazer tantos kms num dia só e ainda por cima íamos os dois na mesma mota, o que tornaria a viagem ainda mais cansativa. Eu então disse, "vamos andando e logo se vê". Deixámos o apartamento do nosso amigo Paulo Esteves, arrumámos tudo como estava, pelo menos não houve reclamações e fomos até à Centre Honda Centre Genève para o Paulo entregar a mota que gentilmente lhe emprestaram.
Despedimos-nos do Pedro e lá arracámos os dois em cima da minha mota, o destino era incerto só sabíamos que iríamos para o sul de França, lá para a tarde talvez já soubéssemos onde ficar a dormir.
Rapidamente chegámos à fronteira e em menos de nada já estávamos em França. Depois foi andar e andar até pararmos para meter gasolina e aproveitarmos e comer qualquer coisa. O sol estava quente, a temperatura rondava os 36 graus mas tínhamos um problema, em França não há cerveja nas áreas de serviço, só tínhamos água para beber e matar a sede, que bem saberia uma fresquinha. Eram quase 19 horas da tarde e parámos mais uma vez para meter gasolina e resolver em definitivo onde iríamos dormir naquela noite. Já tínhamos passado Bordéus e estávamos a 150 kms de Biarritz e começámos a pesquisar no Booking hotel para ficar. Xiiiiiiii era tudo muito caro em comparação ao que vínhamos habituados, o que se aproximava mais dos nossos valores era em Espanha, mais concretamente em Vitoria-Gasteiz mas para isso teríamos que fazer ainda cerca de 300 kms até chegar lá. " Também quem já fez 750 faz mais 300", disse o Paulo, e nem se falou mais no assunto, vamos dormir a Vitoria. Tratámos da reserva, confirmação recebida e lá fomos nós para mais uma etapa até chegarmos ao nosso destino final de hoje. Chegámos a Vitoria eram quase 9 da noite, fomos diretos ao hotel tratar do chek-in e jantámos num restaurante em frente ao hotel. Comida muito boa e tradicional daquela região.
Era hora de descansar, fizemos 1050 kms de Genève a Vitoria num dia em Honda Pan European, só mesmo numa grande mota isto é possível. No dia seguinte iríamos entrar em Portugal por Trás os Montes e dormir no Porto. O casal Costa esperava por nós para uma Francesinha.