Croácia 2016 (Genève - Vitoria Gasteiz - Porto - Marisol)

Dias 21 e 22 


Genève - Vitoria-Gasteiz - Porto - Marisol



Estes dois dias finais foram mais do mesmo, kms e mais kms. Depois de termos andado 1050 kms para chegarmos a Vitoria-Gasteiz no País Basco, para muitos considerada a capital do País Basco, ficará para um dia mais tarde a visita com mais calma, pois tem muita coisa de interesse para descobrir. 


Como ainda era cedo, e depois de tomarmos um ligeiro pequeno almoço num café que havia em frente ao hotel, decidimos dar uma volta, a pé, pelo centro de Vitoria que não fiacava muito longe do local onde nos encontrávamos.


Em 581 dC, o rei visigodo Liuvigild fundou a cidade de Victoriacum, tentando imitar as fundações romanas , como uma celebração da vitória contra os Vascones perto do que se supõe ser a colina ocupada pela aldeia primitiva de Gasteiz. No entanto, isso não está suficientemente comprovado, e alguns historiadores e especialistas acreditam que Victoriacum estava localizado não no local da actual Vitoria-Gasteiz, mas nas proximidades. Em 1181, Sancho the Wise, o Rei da Navarra fundou a cidade de Nova Victoria como um posto avançado defensivo em cima de uma colina no local do assentamento anterior de Gasteiz. A existência de Gastehiz , aparentemente habitada por pessoas vascônicas, pode ser rastreada até a baixa Idade Média, é certo que, no século XI, antes da fundação da Nova Victoria , o assentamento já estava fechado. Assume-se que Sancho the Wise deu à cidade nova o nome em memória do antigo assentamento de Victoriacum, que há muito tempo deve ser abandonado. Em 1199, a cidade foi sitiada e capturada pelas tropas de Alfonso VIIIde Castela , que anexou a cidade ao Reino de Castela. A cidade foi progressivamente ampliada e em 1431 foi concedida uma carta da cidade pelo rei Juan II de Castela. Em 1463, foi uma das cinco casas fundadoras da Irmandade de Álava ao lado de Sajazarra , Miranda de Ebro , Pancorbo e Salvatierra / Agurain .

No centro de Vitoria-Gasteiz há uma praça que faz lembrar a Plaza Mayor em Madrid. Aliás em grande parte das cidades espanholas há uma praça assim.


A Batalha de Vitória da Guerra Peninsular ocorreu perto de Vitoria-Gasteiz ao longo do rio Zadorra em 21 de junho de 1813. Um exército britânico, português e espanhol aliado do general marquês de Wellington quebrou o exército francês sob Joseph Bonaparte e o marechalJean-Baptiste Jourdan . A vitória assegurou o final do controle francês em Espanha. Há um monumento que comemora esta batalha na praça principal da cidade conhecida como Monumento à Independência.


Não muito longe fica a Catedral de Santa Maria, popularmente conhecida como Catedral Velha, é um templo católico gótico. Desde o verão de 2015, o templo foi listado como Património da Humanidade pela UNESCO sob o nome de Caminhos de Santiago: rotas francesas e estradas do norte da Espanha. Está localizado na parte mais alta da colina em que se instalou a cidade primitiva, fundada em 1181 na antiga vila de Gasteiz, com o nome de "Nova Victoria", pelo rei Sancho VI de Navarra (Sancho o Sábio), e que mais tarde deu origem à cidade atual. Com o nascimento da diocese de Vitória em 1862 , adquiriu a categoria de catedral . É conhecida como a Catedral Velha , para distingui-la da Catedral Nova , dedicada à Imaculada Conceição de Maria e construída no século 20 de estilo neogótico.

Este templo, de acordo com critérios estilísticos e formais, é discreto e sua relevância deriva de sua construção complexa e sua história cheia de vários avatares ligados à história da cidade. 





A Catedral tem um plano de cruz latina, com três naves , a central de maior altura do que as laterais, e cobertas com abóbadas com nervuras , com amplo crânio e cabeça. Dentro dela tem quatro capelas rectangulares e um ambulatório ao qual outras três capelas poligonais se abrem. Tem também um clerestório bonito e frágil e um pórtico do século 14 que contém esculturas muito interessantes. 

Existem muitos mais monumentos que terão de ficar para uma próxima visita, pois foi uma surpresa agradável as cidade onde ficámos absolutamente por acaso. 




Tínhamos que nos pôr a caminho da cidade Invicta. Esperava-nos cerca de 650 kms até ao Porto onde os amigos Costa (Paula, Pompeu, Bea e Gonçalo) esperavam por nós. A viagem até ao Porto foi praticamente toda seguida, só parámos para almoçar e ainda tivemos tempo de ver um incêndio perto do local onde estávamos a almoçar. A recepção na chegada ao Porto como já nos habituaram foi do melhor.

O jantar serviu para contar algumas das nossas aventuras e para matar saudades da comida portuguesa. 
No Porto só poderia ser uma Francesinha.:)

E foi preciso chegar a Portugal para a minha Azulinha voltar a dormir em garagem e logo muito bem acompanhada pela motinha do Pompeu. Deve ter estranhado depois de tantas noites a dormir ao relento e por locais tão estranhos.


Era tempo de ir descansar para no dia seguinte fazermos a derradeira etapa até Lisboa, mais propriamente à Marisol e ao Café Nautic, local de onde tínhamos saído hà 22 dias. 
O dia estava meio farrusco mas estava uma temperatura agradável, lá nos despedimos dos Costinhas e partimos em direção a casa.   


A viagem foi calma até ao local de onde tínhamos partido, à nossa espera estavam as nossas famílias e alguns amigos, o Pedro Azinheira do Café Nautic tinha preparado o almoço para comemorar o nosso regresso a casa.

Foi boa a viagem mas também é sempre muito bom regressar a casa. Espero poder continuar a contar muitas estórias, é sinal que realizem mais viagens sozinho ou na companhia de amigos. Quero vos agradecer por me terem seguido nesta aventura, um agradecimento muito especial à Ana, à Paula e ao meu companheiro de tantas viagens, o Paulo e que Deus nos dê saúde e dinheiro para a gasolina, de certeza muitas mais virão. 


E o resultado de tão boas curvas desta viagem foi este: 







"Boas Curvas se Deus Quiser", by Padre Zé Fernando








Voando na Estrada