Croácia 2016 (Veneza-Pula-Zadar-Split)


Dia 7


Veneza - Pula


O dia acordou chuvoso e nós acordámos com a incerteza de como seria a viagem a partir dali.
Mais uma chamada para a assistência e a resposta foi a mesma, não sabiam de nada ainda. A tristeza caiu sobre os nossos rostos mas era hora de tomarmos a decisão, eu e a Ana seguiríamos a rota da viagem que tínhamos planeado a quatro, o Paulo e a Paula esperariam por notícias da assistência. Hora da despedida, os olhos ficaram húmidos mas a esperança de à noite estarmos juntos ainda não tinha morrido.

E lá parti com a Ana e com a companhia de uma chuvinha chata, persistente e nada agradável, mesmo assim decidimos ir pela estrada nacional para sentirmos mais o norte de Itália. Por vezes dava a sensação que estávamos atravessar o "nosso" ribatejo, muitos terrenos agrículas, muitos rios e ribeiros, de quando em vez passávamos por vilas muitos giras. O transito era muito, a chuva teimava em não nos largar e parecia que a intensidade aumentava, então decidi trocar a beleza da nacional pela segurança do autoestrada. Parámos numa área de serviço para descansar um pouco e ligar para o Paulo para saber como estavam as coisa, se já havia novidades, mas nada, não sabiam de nada ainda. E lá continuámos até Trieste, a chuva parecia querer dar umas tréguas mas os casacos de verão não são a melhor solução para estes dias de chuva, era o que havia para vestir, como estávamos um pouco molhados decidimos não parar e ver a cidade em andamento para ver se secávamos mais depressa. Trieste é uma cidade do nordeste da Itália, no mar Adriático e foi uma importante cidade do Império Austro-Húngaro, do qual era o principal porto. Em tempos antigos (século II a.C.), Trieste tornou-se colônia romana com o nome de Tergeste. Essa prosperou sob o domínio romano e, depois da queda do Império Romano do Ocidente, ficou sob o controle do Império Bizantino até 788 d.C., quando passou ao controle dos francos. No século XII, Trieste tornou-se uma cidade livre e depois de séculos de batalhas contra a rival Veneza, pôs-se voluntariamente em 1382 sob a proteção do duque de Áustria, passando a pertencer ao Império Austríaco, ao qual permaneceu até 1918. Dentro da monarquia austríaca, Trieste ganhou grande importância enquanto cidade portuária, conservando autonomia administrativa até o século XVII. E lá seguimos até Belpoggio, local onde iríamos atravessar a fronteira para a Eslovénia. Nesta fronteira aconteceu um episódio engraçado, se a Eslovénia pertence à União Europeia basta mostrar o nosso Cartão de Cidadão, pensava eu, quando cheguei junto ao guarda fronteiriço, mostrei o meu cartão e o da Ana e ele pediu-me o passaporte e eu digo-lhe que estava na top case, ele não foi de modas, mandou-me encostar mais à frente e mostra-lhe os passaportes. Não percebo nada disto disse eu para a Ana, ela disse "mostra lá os passaportes e vamos embora".


Quando cheguei perto do guarda, e lhe vou a passar os passaportes, disse "ahhhh Portugal, ok Welcome to slovenia", só comigo, nem os abriu. E lá entrámos nós na Eslovénia, era o quarto país que estávamos a entrar desde que saímos de Portugal.

Assim que entrámos na Eslovénia a ideia era parar numa área de serviço para comprar a vinheta para se poder andar por todas as estradas da Eslovénia, como na Suiça, embora na Suiça só há vinheta anual, na Eslovénia há para sete dias, um mês, seis meses e um ano. E lá parámos para fazer a dita compra, aproveitámos que já havia um pouco de sol e comprámos duas latas de cerveja e um pacote de amendoins para petiscar e refrescar a garganta. Quando estávamos para colocar os capacetes liga-me o Paulo a dizer que estava a sair do aeroporto de Veneza num carro que a assistência lhe deu para seguir viagem. A alegria de nos voltarmos a encontrar voltava mas a brincadeira de dizer "oh pá e eu a pensar que me tinha visto livre de vocês e ia fazer a viagem sozinho com a Ana" Ahahahahahahah.

Então encontro marcado para Pula, ficou combinado assim que chegassem diziam. Eu e a Ana lá colocámos os capacetes e fizemos os 24 kms que separam a fronteira de Itália com a Eslovénia da fronteira que separa a Eslovénia com a Croácia. E foi um instantinho e já estávamos atravessar a fronteira e a entrar na Croácia, num dia já estávamos no terceiro pais, e bastou olharem para o Cartão de Cidadão para entrarmos nas calmas no pais onde iríamos estar mais tempo nesta viagem.


Até parecia que os kms passavam mais depressa, em menos de nada estávamos a entrar em Pula, cidade onde iríamos ficar para o dia seguinte. Assim que entrámos na cidade seguimos logo para o centro histórico, o movimento era muito mas como estávamos de mota foi fácil estacionar. Primeira coisa a fazer levantar Kunas, a Croácia pertence à União Europeia mas ainda não aderiu ao Euro. 


Já com Kunas no bolso fomos visitar a Arena de Pula, simbolo da cidade. Foi construída no primeiro século entre os anos de 2 a.C. e 14 d.C., durante o reinado do imperador Augustus , e foi reconstruída e ampliado pelo imperador Vespasiano. Muitas lutas de gladiadores ocorreu dentro desta arena, durante os tempos do Império Romano. Na Idade Média , foi usado para várias batalhas e suas pedras foram parcialmente reutilizado em outros edifícios na cidade de Pula , incluindo o castelo, no século XV .





Passeámos por toda zona antiga da cidade onde faz lembrar um pouco a nossa Nazaré com muitos restaurantes e onde o peixe e o marisco é a iguaria preferida.
E o Paulo já estava a chegar, a grande aventura para ele agora era estacionar e saber exatamente onde estávamos, pois ninguém conhecia nada, mas com a ajuda das novas tecnologias conseguimos finalmente estarmos juntos de novo e continuar a aventura a quatro.


A noite tinha chegado e era hora de jantar, fomos até à zona histórica da cidade com as suas casas antigas, uma calçada muito inregular mas estávamos juntos e entrámos numa esplanada que fazia lembrar as festas no interior de Portugal ao ar livre. Claro está que a ementa teria que ter peixinho grelhado e marisco não estivessemos nós numa zona piscatória e de bom peixe, para acompanhar uma bela caneca de cerveja Croáta que me impressionou pela positiva.



Neste restaurante a simpatia dos empregados de mesa era algo de extraordinário, a Paula pediu um sumo de laranja fresco, quando foi a beber o sumo não estava bem fresco e chamou o empregado que nos estava a servir e disse-lhe "olhe desculpe o sumo está natural e eu pedi fresco" ele franziu a testa e disse - " não está fresco ? hummm " agarrou no copo e bebeu o sumo todo de uma vez depois exclamou - " sim senhor tem toda a razão, o sumo não está fresco" e rapidamente mandou um colega trazer um sumo de laranja bem fresco para a Paula.
Depois do jantar demos uma volta pelas ruelas antigas, observámos e assistimos alguns espetáculos de artistas de rua que dão espetáculo pelas pequenas praças da zona histórica, e como não podia deixar de ser as meninas deliciaram-se numa loja de gomas e guloseimas. 


São barris mas não têm licor lá dentro, apenas coisas doces em cima.

Numa das praças podemos ainda ver o Templo do Divino Augusto, este foi um grande templo originalmente construído para celebrar o primeiro imperador romano deificado, Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C.). Foi construído entre as Colinas do Palatino e Capitolino, atrás da Basílica Júlia, no sítio da casa que Augusto habitou antes de entrar na vida pública em meados do século I a.C. Sabe-se por meio das moedas romanas que o templo originalmente foi construído em um estilo jônico hexastilo. Contudo, o seu tamanho, proporções físicas e local exato são desconhecidos. Os templos provinciais de Augusto, tal como o Templo de Augusto em Pula, atualmente na Croácia, já tinha sido construído durante sua vida. Provavelmente devido a resistência popular à noção, ele não foi oficialmente deificado em Roma até depois de sua morte, quando o Templo de Nola, na Campânia, onde morreu, parece ter sido iniciado; ele seria dedicado por Tibério (r. 14-37) em 26.[7] Subsequentemente, templos foram dedicados ao imperador por todas as partes do Império Romano. A construção do templo ocorreu durante o século I, tendo sido prometido pelo senado romano logo após a morte do imperador em 14. Fontes antigas discordam se foi construído por Tibério, o sucessor de Augusto, e Lívia Drusila, a viúva do imperador, ou por Tibério apenas. Não foi até a morte de Tibério em 37 que o templo foi finalmente completado e dedicado por seu sucessor Calígula (r. 37-41).[9] Alguns estudiosos sugerem que os atrasos na conclusão do templo indicam que o imperador tinha pouco apresso pelas honras de seu antecessor. Outros argumentam o caso oposto, apontando a evidências de que ele fez sua última jornada de sua villa em Capri com a intenção de entrar em Roma e dedicar o templo. Contudo, o imperador morreu em Miseno, na baía de Nápoles, antes que pudesse zarpar para a capital. Ittai Gradel sugere que a longa fase de construção do templo foi um sinal do esforço meticuloso que envolveu sua construção.


Outro ponto que achámos muito interessante foi o porto mercantil, as gruas do porto são iluminadas de diversas cores o que dá ao longe um efeito bastante interessante, uma ideia muito interessante para tantos portos que temos em Portugal.


A noite já ia longa e o dia foi cansativo, muita emoção e incerteza mas no final tudo tinha acabado bem. O dia de seguinte será até Zadar, cidade do orgão de mar, tinhamos cerca de 330 kms pela frente, 200 dos quais à beira do Adriático numa das mais belas estradas do mundo, em que em cada curva o cenário é sempre diferente e o Adriático consegue-nos sempre surpreender pelas suas cores e praias ali aos nossos pés ...




Dia 7



Pula - Crikvenica - Zadar


A manhã acordou cheia de sol, a casa onde dormimos era relativamente perto da praia e aproveitámos e fomos tomar o pequeno almoço a um bar junto ao mar. Um pequeno almoço bem português, torradas, galões, cereais e iogurte. 
Após o pequeno almoço fomos dar uma volta pelas praias nos arredores de Pula, muita gente, muito transito, estamos em pleno agosto e isto faz lembrar um pouco o nosso Algarve com tanta confusão. Decidimos deixar a zona pois ainda tinhamos muitos kms para fazer e muita curva para curvar. Esperava por nós uma das mais belas estradas do mundo, cerca de 200 kms de curvas sempre com o Adriático ao nosso lado e cada curva era diferente e a paisagem nunca era a mesma, tinha pressa de lá chegar, um amigo meu tinha feito essa estrada um mês antes e disse que era do outro mundo desde as curvas a tudo o que ficava à nossa volta.

A primeira parte da viagem foi através da montanha e sempre a subir, a temperatura do ar começou a descer até que chegámos a uma zona e o transito estava parado devido a irmos entrar num túnel, onde os carros eram mais ou menos vistos e se as autoridades desconfiassem de alguma coisa eram revistados. Eu como estava de mota fui andando entre os carros, o Paulo teve que aguentar e marcámos encontro para a primeira bomba de gasolina que encontrássemos. Lá consegui chegar à entrada do túnel e passei sem problemas, depois foram sete kms sempre a descer no interior da terra e quando cheguei ao fim, a temperatura tinha subido dez graus, uma diferença enorme, tanto na temperatura mais alta como também mais vento e quanto mais me aproximava do mar Adriático pior ficava.


Novamente juntos lá seguimos o nosso caminho, a hora de almoço chegava e parámos num supermercado muito conhecido em Portugal, era hora de atestar com mantimentos para o almoço e para os pequenos almoços dos dias seguintes. Estávamos em Crikvenica, uma vila situada mesmo encostada ao Adriático com algumas praias bem bonitas e uma marina ainda em construção mas já num adiantado estado que dava para imaginar como iria ficar. Aproveitámos este ambiente magnífico e fomos até junto do mar comer e beber a tão famosa cerveja Croata, a Karlovacko.






À saída encontrámos um bar muito engraçado e com pessoal muito alegre, era um bar destinado a amantes de Harley-Davidson mas fomos recebidos com grande alegria e companheirismo como se fossemos da casa. Muito bom mesmo !!




Tínhamos uma informação que o nosso amigo Jorge Boa-Alma tinha deixado uma cerveja paga para nós aquando da viagem dele por estas terras como os amigos da Harley-Davidson mas rapidamente chegámos à conclusão que o Jorge não tinha deixado nada pago.

Era hora de nos fazermos à estrada, e o aproximar daquelas curvas que tanto me falaram e daquele mar a nossos pés estava ali. Era realmente magnífico cada curva, cada vez que olhávamos para o Adriático era diferente, só que o vento estava a fazer das suas, muito forte, por vezes do tipo mesmo rajadas o que tornava a viagem um pouco perigosa. A Ana só me perguntava se não era perigoso continuarmos eu nem lhe respondia, só de vez em quando é que saía da minha boca um Fo....... para o vento. Optámos por ela passar para o carro do Paulo pois só indo eu na mota sempre era menos perigoso, quando parei para ela sair e passar para o carro, só tive tempo de lhe gritar. - "Sai depressa que não aguento a mota parada e com o vento a dar-lhe", o vento era tal que eu não conseguia aguentar a mota parada, estava a ver quando é que ela ia parar ao chão mas lá consegui arrancar e mantê-la na vertical. 






Mas com calma lá fomos avançando em direção ao nosso destino deste dia que era Zadar. Aqui e ali ia nos surgindo também pequenas praias com águas super cristalinas onde se conseguia ver o fundo e alguns barcos que estavam sobre estas águas, pareciam estar a voar pois quase não se via a água, tal é a sua transparência.





E já estávamos praticamente em Zadar, o sol começava a perder intensidade, o vento já tinha acalmado e tranquilamente chegaríamos à cidade do Órgão de Mar.




Tínhamos reservado uma casa numa das últimas paragens que fizemos, optámos por fazer as reservas onde iríamos ficar, durante a tarde de cada dia, e neste dia assim foi também. Pelo que vimos nas fotos do Booking até tinha bom aspeto o seu interior, com dois quartos, uma sala juntamente com a cozinha e o preço era em conta e dentro dos nossos parâmetros que tínhamos estabelecido. Morada posta no GPS e vamos até lá. Entrámos numa zona de pequenas moradias, algumas já com alguns anos mas nada de anormal, eis que o GPS diz. -"chegou ao seu destino" uma casa em cimento, garagem na cave com o portão aberto, campainhas não havia e agora ? A Ana foi bater a uma porta e sai de lá uma senhora já com uma certa idade, muito feia e com um vestido que mais parecia uma camisa de dormir e falar só Croata.  "Agora é que isto está bonito", mas no seu croata ainda deu para perceber para esperarmos pois vinha alguém a caminho para nos receber. Passado um pouco lá chegou uma senhora que já arranhava um pouco de inglês e nos mostrou a casa e ali ficámos. Por dentro não era má, agora o aspeto exterior é que não estava nos planos mas também era só para ficar uma noite.

Estava um fim de dia quente e fomos até à parte mais antiga de Zadar, junto ao mar e onde fica o famoso Órgão de Mar e toda a zona histórica ainda do tempo dos romanos. As principais atrações de Zadar estão concentradas em uma só área, no pequeno centro histórico, localizado numa península que faz parte da área metropolitana. A principal entrada para a Cidade Antiga é alcançada através de uma ponte, que dá acesso a uma imensa porta de entrada, o Lion Gate, que faz parte da muralha da antiga cidade medieval, ainda visível hoje em dia.


A parte antiga de Zadar é facilmente explorável a pé, e suas ruas mal comportam carros. Nós visitamos o centro da cidade antiga antes de jantar, o que acabou sendo uma ótima ideia, já que tivemos tempo de explorar as belíssimas vielas de Zadar enquanto ainda havia luz do dia, o que nos deu a oportunidade de aproveitar o pôr-do-sol que é lindo, ainda mais se for junto ao Órgão, é algo inexplicável ...





O Órgão do Mar  é um instrumento musical experimental que toca música por meio de ondas do mar e os tubos localizados sob um conjunto de degraus de mármore grandes. As ondas criam sons um tanto aleatórios, mas harmónicos. O dispositivo foi feito pelo arquiteto Nikola Basic como parte do projeto para redesenhar a nova cidade da costa (Nova riva), o local foi aberto ao público em 15 de abril de 2005. O trabalho de reconstrução caótico realizado na tentativa de reparar a devastação em Zadar sofrida na Segunda Guerra Mundial., havia transformado a via ao longo do mar num ininterrupto e monótono muro de concreto. O Órgão do Mar reestabeleceu, para turistas e moradores locais, a relação da cidade com o mar. Agora, o mármore branco forma uma escada convidativa que desce até a água. Escondido sob os degraus, há um sistema de tubos de polietileno e uma cavidade ressonante que transforma o local em um grande instrumento musical, tocado pelo vento e pela batida das ondas do mar.



Estava na hora de irmos à procura do jantar, e lá fomos para a zona mais antiga à procura de um restaurante. A caminho ainda deu para ver um pouco mais da vida noturna de Zadar, onde nos podemos cruzar com artistas de rua como de repente surge um cavaleiro romano com o seu enorme arpão.


E lá encontrámos um restaurante com uma enorme esplanada com óptimo aspeto e com uns menus bem apetitosos. 



Antes de irmos descansar de mais um dia em grande, ainda fizemos um brinde com uma cerveja, de uma marca, que nos faz lembrar algo que nada tem a ver com cerveja mas sim com motas .


No dia seguinte iríamos dar mais uma volta pelo centro de Zadar e depois seguir até Split ...



Dia 9



Zadar - Split


O dia acordou como nós, bem disposto. O sol já brilhava e adivinhava-se um dia de calor, voltámos à parte antiga de Zadar para um último olhar, escutar do Órgão de Mar e rever toda a zona envolvente. A Ana, a Paula e o Paulo ainda deram o gosto ao "pé" e dar um mergulho junto ao Órgão. Eu tive que ficar a tomar conta das roupas claro !!!



Ainda uma passagem pelas luzes que se alteram conforme o movimento do mar, mas de dia, estão apagadas a carregar energia solar para durante a noite darem o espetáculo que tínhamos visto no dia anterior.



A viagem até Split era de apenas 160 kms por isso tínhamos tempo para ficar mais um pouco em Zadar e voltar a passar pela zona com bastante influência Romana. 




E lá arracámos nós para a próxima cidade, Split. Fizemos a viagem seguida sem nenhuma paragem e não tardou estávamos em Split. Tínhamos reservado quartos numa residencial universitária e que óptimo aspeto tinha, um exemplo a seguir por outros países. 



Deixámos as coisas na residencial e fomos até à zona histórica da cidade, antes ainda parámos num supermercado para comprar qualquer coisa para comer e fomos fazer um pic nic para um dos jardins que há em Split.

Após o almoço fomos então visitar a cidade, principalmente a parte histórica. Embora o surgimento de Split costume ser associado à construção do Palácio de Diocleciano, há provas da existência prévia de uma colónia grega na área. Diocleciano, um imperador romano que governou entre 284 e 305, era conhecido por suas reformas e pela perseguição aos cristãos. Por ordem sua, a construção do palácio começou em 293, de modo a estar pronto quando de seu afastamento da vida política do império em 305. O lado sul do palácio fica defronte ao mar, suas muralhas têm uma extensão de 170 a 200 m e uma altura de 15 a 20 m, e o complexo todo ocupa uma área de 9½ acres (38,000 m²).
Esta grande estrutura já estava abandonada quando os primeiros cidadãos de Split fixaram residência na parte de dentro de suas muralhas: em 639, os refugiados da cidade de Salona, destruída pelos ávaros, converteram o interior do palácio num vilarejo. Ao longo dos séculos, aquela comunidade cresceu e ocupou as áreas em torno do antigo palácio, mas este constitui, ainda hoje, o centro da cidade, ainda habitado, com lojas, mercados, praças e a Catedral de São Dômnio (construída reaproveitando a estrutura do antigo Mausoléu de Diocleciano) inseridos nos corredores, pisos e muros do antigo palácio.
Ao longo de sua história, Split foi governada por Roma, pelo Império Bizantino e, intermitentemente, pela nobreza croata e húngara. Em 1420, assumiu o controle a República de Veneza, que o perdeu em 1797 para a Áustria-Hungria. No período de 1806 a 1813, a cidade esteve sob controle napoleônico.
Com o tempo, Split tornou-se um importante porto, com rotas para o interior através do passo de Klis. A cidade experimentou também um desenvolvimento cultural, com nomes como Marko Marulic, um dos clássicos da literatura croata, autor de Judita (1501, publicado em 1521), considerada a primeira obra de literatura moderna em língua croata.
Split no século 
Com o término da Primeira Guerra Mundial e a dissolução da Áustria-Hungria, a província da Dalmácia, juntamente com Split, tornou-se parte do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (cujo nome foi mudado em 1929 para Iugoslávia). Quando Rijeka e Zadar, as duas outras grandes cidades na costa oriental do Adriático, passaram às mãos da Itália, Split transformou-se no porto mais importante da Iugoslávia. A ferrovia Lika, que liga a cidade ao restante do país, foi concluída em 1925.
Em abril de 1941, após a invasão da Jugoslávia pelas forças do Eixo, Split foi ocupada pela Itália e formalmente anexada um mês depois. Em setembro de 1943, com a rendição da Itália, a cidade foi liberada pela resistência mas viu-se ocupada pela Wehrmacht em seguida. Durante a ocupação, algumas das instalações portuárias e partes da cidade antiga sofreram dano devido aos bombardeios aliados. A resistência finalmente liberou a cidade em 26 de outubro de 1944. Até o final da guerra, Split foi a capital provisória da Croácia controlada pela resistência.
Após a Segunda Guerra Mundial, Split tornou-se parte da Croácia, a qual era, por sua vez, uma república federada pertencente à Jugoslávia socialista. A cidade continuou a crescer e a desenvolver-se como um centro comercial e cultural importante, atraindo grande número de migrantes rurais para as novas fábricas, estas parte de um esforço de industrialização em larga escala. No período entre 1945 e 1990, a população triplicou e a cidade expandiu-se, tomando toda a península.
Quando a Croácia declarou a sua independência em 1991, Split abrigava uma grande guarnição do Exército Popular Jugoslavo, que guardava as instalações e o quartel-general da Marinha Jugoslava (JRM). Seguiram-se meses de um impasse tenso entre o exército jugoslavo e as forças militares e policiais croatas, com vários incidentes. O mais sério ocorreu em novembro de 1991, quando a JRM, inclusive o contra-torpedeiro Split, bombardeou a cidade - a única ocorrência na história em que uma belonave bombardeou uma cidade com o seu próprio nome. O exército jugoslavo deixou a cidade em 1992.
Split é hoje a segunda maior cidade da Croácia.
O centro histórico que está dentro das muralhas é de uma beleza extraordinária composto pelo Palácio.




A Catedral, consagrada na passagem do século VII, a Catedral de São Dômnio é considerada a mais antiga do mundo a utilizar ainda sua estrutura original, sem sofrer nenhuma reforma completa ao longo dos séculos. A estrutura em si, construída em 305 para ser o mausoléu do imperador romano Diocleciano, é a segunda mais antiga estrutura utilizada ainda hoje por uma catedral cristã, a Cripta e a Torre onde subimos para ver toda a zona antiga.








E lá continuámos pelas ruas e ruelas de Split, dava a sensação que tínhamos recuado alguns séculos no tempo, o fascínio de estar ali era enorme, ruas bem estreitas algumas só passava uma pessoa de cada vez e algumas levavam-nos para pracinhas encantadoras algo que se torna difícil de descrever.





Numa dessas ruas entrámos numa casa onde dizem que está o crânio do Pinóquio e nós encontrámos. 



A tarde avançava e a temperatura convidava a uma visita à praia.  Split tem algumas praias onde se passa um bom bocado tanto dentro de água como numa esplanada à beira mar.



O sol já mergulhava  no Adriático e nós fomos até à residencial tomar um banho e mudar de roupa, pois à noite voltaríamos até à zona histórica para jantar e comemorar os meus 21 anos de casado com a Ana. A noite era de festa e jantámos num restaurante em que o empregado era fã do Cristiano Ronaldo e atendeu-nos muitíssimo bem. Há que dizer que os Croatas são pessoas muito simpáticas, temos sido muito bem recebidos.





 No dia seguinte iríamos até Dubrovnik mas para tal temos que atravessar a Bósnia em 21 kms para depois voltar a entrar na Croácia. Politiquices ...




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