Croácia 2016 (Neum - Mostar - Medugorje - Sibenik - Lagos Plitvice - Ogulim)

Dia 12


Neum - Mostar - Medugorje - Sibenik


E lá saimos nós de Neum (Bósnia) pela manhã que já apresentava uma temperatura a qual fazia adivinhar um dia bem quente.
Nesta viagem até Mostar deu para ver as grandes diferenças que existe entre a Croácia e a Bósnia. A Croácia teve um desenvolvimento pós guerra, a Bósnia parece que parou no tempo. Estradas que parecem autenticas picadas que para dois carros passarem um pelo outro um deles tem que ir à berma, muito lixo espalhado ao longo das vias e as casas algumas muito velhas e com marcas de uma guerra que ainda anda na memória de muitos.


A muito custo e com um calor já um pouco elevado lá chegámos a Mostar.
Mostar é uma cidade da Bósnia e Herzegovina com cerca de 113.169 habitantes, situada na região da Herzegovina, capital do cantão de Herzegovina-Neretva.

Reparei também nos inúmeros cemitérios existentes nas ruas da cidade, muitos pedintes e alguns com crianças muito pequenas, bastantes prédios, casas pequenas e edifícios como centro comerciais com as marcas de uma guerra que parece ainda muito presente nos olhares daquela gente.
O centro da antiga Mostar totalmente reconstruido e com um comércio de rua que por vezes fazia lembrar as ruas da Índia.





Nesta imagem em baixo, dá para ver a diferença do centro da cidade de Mostar na altura da guerra e como está agora.


Esta cidade é famosa pela sua ponte velha (século XVI) sobre o rio Neretva, situada na parte velha da cidade, que foi reconstruída em 2004 após a sua destruição em 1993 devido à Guerra da Bósnia sentida na região. A reconstrução e reabertura da ponte é tida para os habitantes de Mostar como um sinal de esperança para o futuro de uma cidade dividida entre croatas e muçulmanos, que têm tido uma relação conturbada ao longo dos tempos. A ponte velha e o centro histórico de Mostar foram classificados como Património Mundial da UNESCO em 2005.
 Stari Most (em bósnio/croata/sérvio Stari most / Стари мост, "Ponte Velha") é uma ponte do século XVI na cidade de Mostar, Bósnia e Herzegovina, que cruza o rio Neretva e liga as duas partes da cidade. A Ponte Velha permaneceu firme por 427 anos, até ser destruída em 9 de Novembro de 1993, na Guerra da Bósnia, conforme mostra o video que vos apresento a seguir. Logo depois, um projeto foi feito para a sua reconstrução, sendo a ponte reaberta em 23 de julho de 2004.


É uma tradição entre os jovens da cidade, pular da ponte no rio Neretva. Como o Neretva é muito frio, isto é muito arriscado e apenas os mais experientes e treinados fazem esta tentativa. A prática data de tempos antigos, mas o primeiro pulo registrado é datado de 1664. Em 1968 uma competição de mergulho teve início em todo verão. A primeira pessoa a pular da ponte desde que foi reaberta foi Enej Kelecija, um habitante de Mostar que hoje em dia mora nos Estados Unidos.



Após o salto vêm a nado para as margens e pedem aos turistas, que estão nas margens, moedas mas pelo que reparei não querem moedas de pouco valor. A Paula ia a dar uma moeda de 50 centimos e ele não aceitou mandou-a atirar a moeda ao rio. Ahahahaha

Almoçámos num restaurante de origem Turca onde não havia bebidas alcoólicas.

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Depois de almoço fomos até ao santuário mariano de Medugorje onde há aparições de Nossa Senhora desde 1981 e continua haver aparições todos os dias 25 de cada mês. Respira-se fé neste local ... Um santuário do género do nosso de Fátima mas em ponto mais pequeno e bem mais pobre que o nosso, não menos bonito. Diferente.






Nesse santuário há também uma imagem de Cristo Ressuscitado que das suas pernas sai um líquido cuja composição química foi estudada e é equivalente a lágrimas humanas. Normalmente as pessoas passam um pequeno pano nas lágrimas e há relátos de alguns "milagres" feitos por esses lenços. Fé ...

Eu e a Ana passámos os nossos lenços e para familiares que nos pediram. 





Eram cinco da tarde e o calor ainda fazia das suas por isso bebemos uma fresquinha


 E voltámos à Croácia para dormirmos em Sibenik mais uma cidade costeira da Croácia.

Em Sibenik ficámos numa casa em que o dono, um senhor dos seus sessenta e muitos, setenta anos só falava croata, foi engraçada a nossa conversa com ele. Foi ao frigorífico e ofereceu-nos fruta que lá estava que por acaso era nossa, eheheheh. Muito simpático o senhor. Nessa casa também deixámos a máquina a lavar a roupa enquanto fomos jantar mas não reparámos que a mangueira do esgoto da máquina tinha que ser colocada dentro da banheira para escoar a água, quando chegámos depois do jantar, a casa de banho estava com uma pequena inundação.

  

Dia 13



Sibenik - Lagos Plitvice - Ogulim 




Lá saímos nós pela manhã de Sibenik diretos para o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, um dia de caminhada esperava por nós.
Ao chegarmos as filas para se comprar os ingressos eram enormes, passado uma hora lá tínhamos os nossos ingressos do parque nas mãos, e decidimos optar pelo percurso de 9 kms. Havia ainda um de 6 kms e outro de 12 kms, ficámos pelo do meio.



 O Parque Nacional Plitvice está situado na Croácia. Trata-se de um parque nacional que se estende por 20000 hectares de bosques e de lagos, no coração dos Balcãs. Cascatas, lagos, abundante vegetação, abundância de aves e de ursos entre a sua fauna.
Os lagos dividem-se em dois grandes grupos, os lagos superiores e os lagos inferiores. Desde 1949 que este conjunto natural tem a designação de Parque Nacional e, desde 1979, de Património da Humanidade, pela UNESCO.



É muito difícil descrever o que se sente e o que se vê quando lá estamos, a beleza é enorme, o cheiro, o "ruído" da natureza, o chilrear das aves de muitas espécies, o barulho das imensas quedas de água, enfim não consigo descrever. Mesmo que eu ponha muitas fotografias não dá para se sentir nem ver o que são os lagos de Plitvice. Há zonas que podem ser visitadas no Verão, outras no Inverno, e no geral, não há lugares inacessíveis. Tem como problema a abundante e frondosa vegetação na Primavera, e a neve a algumas cotas no Inverno.





 O Parque Nacional dos Lagos de Plitvice (Plitivicka Jazera, em croata), com 300km2 de área, foi fundado em 1949 e, trinta anos depois, em 1979, entrou para a lista da Unesco como Património Natural da Humanidade. São 16 lagos nos mais diferentes tons de azul e verde, conetados por cascatas de todos os tamanhos, divididos em dois grupos: lagos superiores (12 lagos) e lagos inferiores (4 lagos). Os passeios são feitos pelos passadiços que cruzam os lagos, nos caminhos de terra que ficam nas margens, há também  uma parte do percurso que se atravessa uns dos grandes lagos e esta travessia é feita de barco.








Mais ao menos a meio fizemos a pequena viagem de barco que nos levou até à outra ponta do lago e depois de aconchegarmos o estômago com alguns líquidos e sólidos lá continuámos a nossa caminhada para os chamados Lagos Inferiores. A beleza continuava, cada recanto da natureza pura era uma novidade, a mão do Homem pouco se vê, aquilo é a natureza no seu estado puro, obra do Homem temos os passadiços por onde andamos e o que é necessário para o funcionamento normal do parque e posso vos garantir que é o mínimo possível. 








A beleza é indescritível, por mais fotos que se tire nunca conseguiremos mostrar tamanha beleza. O dia passou a correr, não demos pelo tempo passar, saímos do parque eram 20  horas. E hotel ? Pois, não estava marcado. Tínhamos por hábito marcar a meio da tarde mas os lagos ocuparam-nos o pensamento nem nos lembrámos que o hotel ainda estava por marcar ahahahahaha.

 Aí começou uma autêntica saga para conseguirmos hotel na zona dos Lagos de Plitvice, o "nosso amigo Booking" dizia que estava tudo esgotado num raio de 30 kms, decidimos então ir ver "in loco" se realmente os hotéis na zona estavam mesmo lotados. E estavam mesmo, com isto tudo já eram 22 horas e nós sem caminha, passámos então para um plano B que era encontrar hotel a caminho de Zagreb, visto que era a próxima cidade que iríamos visitar. Lá se encontrou um perto de Ogulim através do Booking e a distância era de 43 kms mas o GPS dizia que levaríamos 1 hora e 02 minutos a chegar, já se imaginava uma estrada cheia de curvas.
Para ajudar a noite  era bem escura, a lua deixou-nos mas tínhamos o nevoeiro para nos acompanhar por aquelas serras. Pelo percurso ainda se cruzaram connosco uma raposa, uma gazela, e duas lebres, no meio daquelas serras ainda passámos por algumas aldeias destruídas pela guerra da independência, em que os habitantes ou fugiram da guerra ou lá morreram na altura em que as aldeias  foram bombardeadas. As aldeias estavam como ficaram após a guerra, pena ser noite e haver algum nevoeiro de certeza  haveria algumas coisas interessantes a descobrir naquelas remotas aldeias.
E passado o tempo programado e a muito custo devido ao nevoeiro lá chegámos a Ogulim, o hotel ficava à beira da estrada, numa zona comercial onde havia um grande supermercado de um lado e um grande restaurante do outro. Fome não passamos de certeza. Ahahahahah. E com estas aventuras todas, chegámos ao hotel já era 1 da manhã. Ficámos os quatro no mesmo quarto e alguém com a birra do sono, ralhava comigo porque a luz do computador não a deixava dormir. Gajas ...


 Amanhã vamos até à Capital, Zagreb ...


Voando na Estrada